A Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (ANCED) recebeu da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, por iniciativa da vereadora Monica Cunha (PSOL/RJ), a Moção de Louvor e Reconhecimento, em cerimônia realizada na terça, 24 de outubro. A ANCED foi representada por Pedro Pereira do CEDECA RJ, instituição também homenageada e que compõe a coordenação colegiada ao lado dos CEDECAs Tocantins e Ceará. A cerimônia homenageou instituições e pessoas defensoras dos direitos de crianças e adolescentes, tendo sido homenageada também outra filiada à ANCED, o CEDECA Dom Luciano Mendes da São Martinho, e a Organização de Direitos Humanos Projeto Legal.
“Numa sociedade desigual e repleta de opressão, crianças e adolescentes estão expostos às mais diversas violências e outras violações de direitos mas, apesar disso, é necessário que a elas sejam apresentadas outras formas de ver e experenciar o mundo e as relações, promovendo direitos e protegendo-os”, diz o texto da Moção.
Também filiado à ANCED, O CEDECA Dom Luciano Mendes de Almeida é uma das linhas de ação da Associação Beneficente São Martinho e iniciou suas atividades em 1988, como fruto da ação de educadores sociais, voltados à defesa dos direitos da criança e do adolescente. Seu trabalho é realizado em parceria com grupos e organizações sociais, associando a intervenção jurídica, mobilização social e trabalho em rede, com vistas à efetivação dos direitos humanos de crianças e adolescentes.
A Organização de Direitos Humanos – PROJETO LEGAL é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, sediada no Rio de Janeiro que atua desde 1993.Destina-se a defender, garantir, promover e pesquisar os Direitos Humanos constituídos ou não, no âmbito das normativas nacionais, internacionais, com o objetivo de consolidar e fortalecer o Estado Democrático de Direito, através da promoção da cidadania plena de toda e qualquer pessoa, especialmente aquelas reconhecidas como minorias sociais, grupos vulneráveis ou classes socialmente excluídas.
Sobre Mônica Cunha
Monica Cunha, mulher negra e mãe, é uma defensora de direitos humanos que trabalha na defesa dos direitos de adolescentes e jovens. Em 2003, após seu filho Rafael da Silva Cunha ter sido apreendido e colocado sob medidas socioeducativas no DEGASE e ela testemunhar as péssimas condições no centro correcional, Monica começou a denunciar abusos cometidos por agentes de segurança, violência policial e discriminação contra jovens afro-brasileiros. Assim, ela fundou o “Movimento Moleque”, uma organização de mães de jovens que tiveram seus direitos violados pelo Estado.
Em 2006, seu filho foi assassinado por policiais no bairro Riachuelo. Monica também foi coordenadora da Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência e em 2019, coordenou a Comissão de Direitos Humanos da Alerj. Foi eleita como suplente pelo PSOL em 2020 e em 2023 assumiu o mandato como vereadora. Propôs a instalação da primeira Comissão Especial de Combate ao Racismo numa casa legislativa no Brasil, a qual preside desde abril de 2023. Desde então, tem pautado sua atuação na promoção de uma sociedade antirracista.
Para saber mais sobre a parlamentar acesse http://www.camara.rio/vereadores/monica-cunha